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sexta-feira, outubro 28, 2011

continuação do artigo. curtam!

·    3º PONTO FRACO: Alunos gostam do professor, mas não gostam da matéria e vice-versa
Muitas vezes, deparo-me, em sala de aula, com reclamação de alunos que dizem não gostarem do professor e consequentemente não gostam da disciplina, ou vice-versa. Acham o professor chato, não gostam da maneira como ele dá aulas, quando na verdade o professor é que é considerado muito bom, pois é aquele que se preocupa com o bem do aluno. Cobra muito do aluno e pune-o quando necessário, até mesmo reprova na intenção de proporcionar o melhor para o aluno. O bom professor não é aquele que passa a mão na cabeça do aluno, dá nota sem que ele mereça só para não ter que reprová-lo, esquecendo que o que realmente importa é o aprendizado do aluno. Não adianta nada não reprovar o aluno sem que ele não tenha aprendido nada. O aluno pode ser beneficiado agora, mas lá na frente irá sofrer a consequência de alguma forma, quando sentir falto do conhecimento que lhe foi negado.
O professor que tem que estar ciente disso e é ele que tem de deixar bem claro ao aluno que suas atitudes, por mais cruel que seja, são pensando no próprio bem do aluno e que não age de tal forma para puni-lo. Devemos mostrar ao aluno a importância que a disciplina que ele não gosta tem para nossa vida, que por mais que ela pareça inútil para nós agora, lá na frente iremos precisar dela, além de proporcionar atividades diferenciadas que chamem e prendam a atenção do aluno. Além disso, o professor deve incentivar e motivar sempre o aluno a gostarem pelo menos da matéria. De acordo com Derkoski (2010), é importante que o professor saiba ensinar, transferir conhecimentos, mas o fundamental é fazer com que o aluno sinta necessidade de adquirir novos conhecimentos. E o aluno percebendo e desejando isso, estará sempre em busca de novos conhecimentos e procurará ter uma ótima relação com o professor. E
é obrigação de quem educa determinar excelentes relações interpessoais nas instituições de ensino, estabelecer estratégias e ações para a maior felicidade de todo seu contingente humano. Alunos, professores, colaboradores contentes e felizes criam um ambiente propício à aprendizagem. (Derkoski, 2010, p. 04)

Não devemos forçar que o aluno goste do professor, isso tem que acontecer naturalmente, no entanto, temos que batalhar para que consigamos conquistar o aluno. O professor deve manter sempre o bom humor e, principalmente, demonstrar afetividade ao aluno. O professor que é atencioso, que demonstra afetividade e preocupação com o aluno consegue cativá-lo com mais facilidade, e com isso ganha a confiança e o carinho do aluno, e consequentemente conseguirá que o aluno também goste de sua disciplina e tenham um bom desempenho nela.

terça-feira, outubro 25, 2011

     Continuação do texto do artigo...

·   2º PONTO FRACO: Falta de respeito dos alunos com os professores - rebeldia

Outro aspecto observado dentro e fora da sala de aula é a falta de respeito entre professores e alunos, principalmente de alunos contra professores e de alunos contra alunos. Há muito relatos de professores sobre a falta de respeito e educação dos alunos durante as suas aulas, e isto ocorreu algumas vezes em minhas aulas também. Alguns alunos respondem e chegam até mesmo a serem grosseiros com o professor dentro da sala de aula e estas atitudes inibem os professores que muitas vezes ficam sem reação quando se deparam com esse tipo de situação. Quando não é contra o professor, é contra algum aluno, com ofensas verbais, xingamentos e até mesmo agressões físicas, das quais o professor tem que interferir, além de pedir auxílio da direção.
Algumas vezes, os professores mandam esses alunos rebeldes para a direção, os pais são avisados e chamados até a escola e conversam com o aluno. Infelizmente, o aluno é repreendido, levam broncas, castigos, humilhações e até mesmo apanham dos seus pais. Essas atitudes não devem ocorrer, uma vez que irá piorar cada vez mais o comportamento do aluno, pois o aluno se revoltará contra o professor, a escola, os pais e perderá o interesse em ir à escola, tornando-se cada vez mais rebelde.
O que deve ser feito nessas situações, além de comunicarem os pais sobre o desempenho dos alunos e conversar com o aluno, é conversar também com os próprios pais. Questioná-los se há algum problema em casa, problemas de saúde, problemas de relações familiares com o aluno, enfim, sobre qualquer problema que possa estar levando o aluno a agir dessa forma. Caso os pais não saibam, deve-se conversar com o próprio aluno em busca de uma resposta, para só assim tomar alguma providência, alguma punição caso isso seja realmente necessário, pois pode ser que o aluno tenha algum problema e precisa do nosso apoio e não de repreensões.
O professor, juntamente com pais e toda a comunidade escolar, deve primeiramente procurar ser amigo do aluno, ouvi-los e ajudá-los sempre que necessário. Esse tipo de atitude pode melhorar muito no tratamento dos alunos para com professores e demais alunos da escola.




terça-feira, outubro 18, 2011

Como havia prometido, acabo de postar a continuação do artigo sobre relações interpessoais no ambiente escolar. Mas, como as postagens anteriores vão ficando logo abaixo das recentemente postadas, para quem não viu o começo, terá que ler debaixo para cima.
Então segue a continuação do artigo...
Boa leitura!


·         1º PONTO FRACO: Impedimento da comunicação do aluno pelo professor.
Muitas vezes na sala de aula, não só durante esses dias observados, mas em todos os dias dos quais tenho trabalhado com a educação, percebi que os alunos não se sentem livres para expressarem suas opiniões ou até mesmo tirarem dúvidas em relação à aula, pois os professores ao primeiro gesto de manifestação do aluno inibem-os, mandando ficarem quietos e até mesmo calarem a boca, e infelizmente, com toda honestidade, isso também tem ocorrido em minhas aulas e confesso que não concordo com esse tipo de comportamento do professor, embora acabe praticando em algumas circunstâncias.  Há justificativas, em algumas das vezes para que o professor aja dessa forma, mas nem sempre são justificativas cabíveis e aceitas quando se refere à educação.
Hoje em dia, a escola tradicional em que somente o professor fala e o aluno ouve, sem direito a nenhuma manifestação esta sendo aos poucos abolida. O aluno vai a escola em busca de conhecimento, e, ao receber esse conhecimento ele necessita compartilhar com os outros colegas e até mesmo com o professor. O professor, apesar da concepção de que ele é o único portador do conhecimento na sala de aula, pode aprender muito com seus alunos através da troca de informações e experiências com seus alunos. Os alunos podem ter muita coisa a nos ensinar, portanto, devemos dar liberdade para que o aluno expresse suas dúvidas ou conhecimentos, por menores que sejam, pois só assim o ensino ficará completo e termos a certeza de que o aluno adquiriu o conhecimento esperado por nós ao ministrarmos nossas aulas. Dando essa liberdade, o aluno é dono da sua própria construção do conhecimento e isso poderá servir de motivação para que o aluno vá sempre em busca de seus conhecimentos, sem receio. Além do mais, a boa relação entre professor e aluno, através do diálogo, é um dos princípios fundamentais para se desenvolver equilíbrio no sucesso do processo de ensinoaprendizagem.

segunda-feira, outubro 17, 2011

Olá, pessoal!
Depois de quase duas semanas sem postar aqui, estou de volta.
Como sou professora, gosto muito de comentar sobre a escola, alunos, professores, educação, enfim, tudo que esteja voltada para a educação.
Volto a postar aqui  mais um artigo produzido por mim em meu curso de pós-graduação e que gostaria muito de compartilhar com meus leitores e seguidores.


Trata-se de um artigo abordando as relações interpessoais no ambiente escolar, dos quais relato essas relações e também sobre alguns pontos forte e fracos de relacionamento nas escolas.


Estes textos serão postados diariamente, pois é extenso e a cada dia será postado um ponto observado e comentado no artigo. Acompanhem cada postagem.
Espero que gostem e comentem sobre o que acharam.



RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO AMBIENTE ESCOLAR





Nos dias atuais, a escola pode ser considerada como um segundo lar para os alunos, visto que passam grande parte das horas do dia na escola, na companhia de professores, colegas de sala ou de outras e até mesmo com os demais funcionários da escola. Para o professor pode ser considerada a mesma coisa, pois ele convive boa parte de seu tempo na escola e quando está em casa, de certa forma ainda continua ligado a ela, seja na preparação de aulas ou correções de atividades feitas pelos alunos, entre outros aspectos que podem estar relacionados à escola. Devido passarmos uma boa parte de nosso tempo na escola, torna-se necessário, tanto professores quanto alunos,  que tenhamos boas relações de convivência com todas as pessoas que fazem parte da comunidade escolar, ou seja, ter uma boa comunicação com todos.
O ser humano é um ser sociável e necessita estar na companhia do outro para que a sua existência faça sentido, e quando estamos na companhia do outro necessitamos de comunicação, essa comunicação quando bem feita nos proporciona um bom ambiente de trabalho e estudo. De acordo com Derkoski,
o homem só se humaniza na presença de seus semelhantes, possibilidade admitida somente na convivência social. Conviver socialmente significa manter relações interpessoais,viver em contato com as diferenças dos outros em vários sentidos e oportunidades. É pelo reconhecimento e respeito dessas diferenças que essas relações devem começar. (DERKOSKI, 2010, p. 03)

A comunicação proporciona a troca de informações entre as pessoas e faz parte do processo que ocasiona boas relações interpessoais. Com isso, podemos perceber que para o professor é fundamental que ele tenha boas relações interpessoais com alunos e demais professores e funcionários da escola para o aperfeiçoamento de sua prática pedagógica. “O professor se humaniza e humaniza o ambiente de trabalho ao tornar-se pessoa, na interação com os outros (alunos, colegas, pais, comunidade), isto é, influenciando ou sendo influenciado por eles.” (DERKOSKI, 2010, p. 03)
As relações interpessoais podem contribuir de maneira satisfatória ou não para o alcance de bons resultados na educação escolar, e isso depende muito da qualidade do relacionamento estabelecido no ambiente escolar em que vivemos. Para isso, foram feitas algumas observações ao longo dos últimos dias em busca de fatores que possam ou não contribuir de maneira satisfatória para o bom desempenho escolar, tanto de professores quanto de alunos, através das relações interpessoais estabelecidas no ambiente escolar. As observações ocorreram na Escola X, localizada no município de Juína, dos quais foram observados alunos (Ensino Fundamental e Médio), professores, diretora e demais funcionários.
Ao relatarmos os resultados obtidos nessa observação, é necessário destacar os critérios estabelecidos a serem observados, que são cinco pontos fracos e cinco pontos fortes das relações interpessoais do ambiente de trabalho do qual leciono. Após detectar esses pontos, estabelecer sugestões para melhoria e correção dos pontos fracos e também estabelecer ações para fortalecer ainda mais os pontos fortes encontrados.
Dos fatos observados entre os pontos fracos das relações interpessoais da Escola X, destaco, entre os vários observados, os que mais chamaram a minha atenção.

Continuação na próxima postagem, aguardem...

Beijos!

segunda-feira, outubro 03, 2011

SER PROFESSOR...





 O SEGREDO... 
  
Um médico saiu a caminhar e viu essa velhinha da foto sentada no banco de uma praça fumando um cigarrinho. 
  
Aproximou-se e perguntou: 
  
"Nota-se que está bem, qual é seu segredo?? 
  
Ela  então respondeu: 
  
"Sou PROFESSORA, durmo às 4 da manhã elaborando provas, me levanto às 6. 
   Nos fins de semana não pratico esportes, não me divirto. Trabalho corrigindo avaliações, organizando as aulas, preenchendo DIÁRIO de classe, lançando a nota do Estado na internet (putz!),fazendo planejamentos, procurando músicas para passar para os alunos, procurando vídeos na INTERNET para não deixar as aulas MONÓTONAS, não tenho tempo para os meus filhos, só para os FILHOS DOS OUTROS, todo final de semana estou sempre com algo para elaborar ou corrigir, inclusive nos feriado, como hoje 1º DE MAIO,DIA DO TRABALHO. Não tomo café da manhã, não almoço e nem janto porque não dá tempo. 
  
O doutor então exclamou: 
  
- "Mas isso é extraordinário". A senhora tem quantos anos?

 
37, respondeu-lhe a velhinha....

Isso era para ser uma piada se não fosse tão verdadeiro o seu contexto.
Todo texto, até mesmo uma piada, há uma mensagem para se passar, esteja ela escondida nas entrelinhas, como é o caso deste texto, ou esteja mostrado já logo de cara. O que podemos tirar de proveitoso e interessante deste texto e que talvez muito poucos tenham percebido é a não valorização e exploração do trabalho do professor.
Sou até meio suspeita de falar sobre isso, pois sou professora. Mas não é por isso que tenho que deixar passar. Achei graça desta piada, mas logo em seguida pus-me a pensar sobre a nossa realidade, sobre realidade dos professores.
Hoje em dia, se perguntarmos a uma criança ou adolescente se eles gostariam de ser professores, talvez nenhum responda que queira ser um. Muitos falam “Deus me livre! Aguentar esses monte de pestinhas falando e gritando no meu pé do ouvido!”;  outros ainda falam “Eu não, professor ganha muito pouco. Não vou me matar de trabalhar para nada. Quero ganhar muito mais que isso!”
Isso nos mostra que até os próprios alunos reconhecem a dificuldade de ser professor. Ser professor não é para qualquer um não, podemos dizer que ser professor é só para quem tem dom. E mais ainda, quem tem amor e coragem para encarar os desafios do dia-a-dia do professor.
Poucos dias atrás postei sobre a violência contra professores na escola, muitas vezes praticados pelos próprios alunos. E isto é apenas uma das dificuldades que os professores encontram nas escolas.
Se até as próprias crianças sabem dessas dificuldades, por que os outros não sabem? Ou melhor, sabem e fingem não verem? Veem e não fazem nada para mudar isso!
Se formos analisar todas as profissões existentes, ser professor  é uma das profissões mais difíceis que existe. Os professores trabalham horas em sala de aula, talvez até mesmo os três períodos para conseguir ganhar um salário que dê para seu sustento além de toda a sua família. Quase sempre, ou melhor, sempre leva trabalho para casa, atividades e provas para corrigir, já que a hora atividade paga que ele faça isso é muito pouca para que ele dê conta de todas as atividades que os professores tem que fazer em uma escola. Sem contar também com a falta de materiais didáticos necessários para os alunos, pois não são todas as escolas que possuem esses materiais para todos os alunos, e muitas vezes esses materiais são inadequados para o meio em que o aluno se encontra, pois são materiais repetitivos, sem nenhuma inovação e que não prendem o interesse e o aprendizado do aluno; a falta de recursos apropriados para o uso em sala de aula com os alunos, fazendo com que as aulas sejam sempre as mesmas, com o uso somente do livro didático, quadro negro e giz, não tenho nada de diferente que possa despertar o interesse do aluno; e por fim, não que esse seja o último item de dificuldades que o professor pode encontrar em uma escola e que eu ainda poderia passar horas aqui enumerando-as, encontramos ainda as péssimas condições de trabalho do professor, ou seja, escolas em péssimas condições de estado, carteiras quebradas, falta de ventilação, etc, sendo ameaçado muitas vezes da escola cair em sua cabeça.
Como eu disse, há inúmeros outros problemas a serem relatados e essa não é a finalidade deste texto, posso voltar a enumerá-los em um próximo texto, mas o que eu gostaria de focar aqui é a importância do trabalho do professor que está tão desvalorizado. O professor muitas vezes dá a sua vida pelos seus alunos, pela sua escola, deixa de lado a sua própria família, seus filhos para cuidar dos filhos de outros e que muitas vezes estes não dão o valor que eles merecem.
Devemos tratar com mais carinho e atenção a essas pessoas que estão lutando para dar uma educação melhor para os nossos filhos. Muitas vezes o professor assume o papel de pai e mãe, fazendo coisas que os próprios pais não fazem por seus filhos. Deixam suas responsabilidades nas costas dos professores e não estão nem aí se seus filhos são bons alunos ou não. Sem contar que muitos pais ainda jogam a responsabilidade da rebeldia de seus filhos nos professores.
Então, para fechar esse texto que eu gostaria de continuar falando, quero lembrar que os professores são os profissionais que formam todos os outros profissionais. Ninguém tem uma profissão hoje em dia que nunca tenha passado por um professor. O professor é responsável por todas as outras profissões existentes no mundo, são responsáveis pela maior parte do que somos. Sem contar que todos pode ser um professor, não precisa ter um diploma para ensinar, todos podem ensinar de acordo com aquilo que sabemos.
Não tenha medo de ser um professor, a sensação de deixarmos algo bom feito por uma pessoa é muito gratificante, e nada melhor do que proporcionar o conhecimento e o aprendizado às pessoas.